E foi esse dia que eu percebi. Nunca pensei que me sentiria dessa maneira, que sentiria que faço o que todos fazem, que vou aonde todos vão, que bebo o que todos bebem..... que sou cinza, cinza. Ás vezes é legal ir ao shopping, fazer compras, comer um lanche. Mas e quando você só está seguindo o fluxo? Que aquela blusa linda que você comprou na semana passada está desfilando em todos os corpos sem graça do seu bairro? E aí que é nítido e visível o que eu jamais pensei em ver, isso que é lavagem cerebral em massa. Primeiro se cria o estereótipo, seja roupa, cabelo, comida, comportamento ou até bichinho de estimação, e então te faz acreditar que esse é o nosso maior desejo. Essa felicidade instantânea, porém momentânea que destrói tudo que nossos instintos e sentimentos mais profundos tentam gritar loucamente, mas essa sociedade sufoca.
Mas foi esse dia que percebi que já nem ligo mais e que não importa o que dizem, mas vou ser vermelho, roxo, verde.... vou fazer a diferença, a minha diferença, pra mim e quem sabe conseguir pra quem me rodeia. Quero nadar contra a correnteza e caminhar pra lugares que as pessoas não sabem que existe, como se elas mesmas tivessem arrancado os próprios olhos e seguido para um chamado de auto falante. Foi esse dia que eu percebi que não nasci pra seguir a multidão, mas pra seguir meus próprios sonhos e prazeres.
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